quarta-feira, 28 de outubro de 2009

Dia de S.Simão

"De acordo com vários historiadores (entre outros, o Pe. José Boscolo) (...): o nome de S. Simão figura em décimo primeiro lugar na lista dos Apóstolos. Nasceu em Canaã, na Galileia, em Israel e tinha o denominativo de «Zelotes”. Faleceu martirizado, na Pérsia, em defesa dos fracos e oprimidos e, principalmente daqueles que têm fome e sede de justiça.

O Evangelho segundo S. Lucas (Lc 6:15) refere que este Apóstolo conserva o nome derivado de Simeão e significa o “ Ouvido de Deus”.

Simão terá resolvido seguir Jesus por ver Nele: 1º.) o líder perfeito para os zelotes; 2º.) por ouvir a pregação inflamada e arrebatadora do profeta de Nazaré; 3.º) por entender que o Messias irá libertar Israel de Roma.

Simão e Mateus tinham comportamentos sociais e políticos distintos: Simão, o zelote, queria a queda de Roma; Mateus, o publicano, trabalhava de mãos dadas com o governo romano. Simão detestava o imposto; Mateus recebia-o. Simão era um Judeu patriota; Mateus era tido como o "traidor da pátria”.

Simão e Jesus tinham igualmente pensamentos e actuações diferentes: Simão queria uma luta política; Jesus longe de pensar em golpe militar dizia: "Dai a César o que é de César" (Mt 22:21). Simão queria que o Reino de Israel fosse restaurado imediatamente; Jesus dizia que o processo era demorado, que levaria muito tempo "semelhante ao fermento na farinha até levedar" (Mt 13:33). Simão confiava na espada; Jesus afirmava que "todos que lançarem mão da espada pere-cerão"(Mt26:52).

Simão era zeloso com o que fazia e queria, homem fervoroso, sanguíneo e ardente, tinha um amor intenso pela causa, um homem no encalço de seus objectivos. Jesus chamou-o, porque queria este zelo ardente em seu grupo, e transformá-lo-ia num "revolucionário" espiritual, num discípulo labareda de fogo!

quinta-feira, 22 de outubro de 2009

domingo, 11 de outubro de 2009

Saudosismo

"O termo saudosismo designa três realidades distintas: o sistema filosófico de Teixeira de Pascoaes, o movimento cultural e poético que teve a sua origem e encontrou a sua definição na doutrina do mesmo Pascoaes (...); e a continuidade da palavars e do conceito de saudade, manifestada nos poetas e pensadores que, tanto em em Portugak como na Galiza têm dado expressão poética e dimensão teorética ao sentimento saudoso.

(...)Pascoaes considera o saudosismo como expressão essncial do espírito português, no qual se fundiram aqueles dois caracteres, o paganismo e o Cristiaanismo, de cuja união nasceu o sentimento que define o génio galáico-português, a saudade, desejo da coisa ou criatura amada, tornado dolorido pela ausência. Nascida da união entre o desejo carnal,a riano e pagão, com a dor espiritual, semita e cristã, a saudade é para Pascoaes, a tristeza e a alegria, a luz e a sombra, a vida e a morte e, ampliada ou projectada na natureza, é a própria alma universal. Assim, pelo desejo, a saudade é esperança e pela dor é lembrança.

(...)Pascoaes elevou (a saudade) do domínio meramente pessoal e subjectivo ao mais alto plano cósmico e ontológico, ao pensr que existir é ser lembrado e para ser lembrado é preciso amar. Porque o amor cria a substância em que a nossa imagem se desenha, é ele a matéria prima do Espírito, a união da esperança à lembrança, do espírito divino às formas decaídas e materiais.(...)

TEIXEIRA, Braz- "Saudosismo" in Logos, enciclopédia luso-brasileira de Filosofia

sexta-feira, 9 de outubro de 2009