quinta-feira, 26 de março de 2009

Diónisos, deus do vinho ou da loucura?

Desde o primeiros contactos com a mitologfia grega que senti atração pelo deus Diónisos. Conheci-o através da Origem da tragédia de Nietzsche, apaixonei-me por ser o deus da embriaguez, do delírio que dá origem à criação estética, da arte sem forma, da música... Afinal, ainda é muito mais do que isso, teve uma vida cheia. Para começar nasceu 2 vezes:

Diónisos é filho de uma relação adúltera entre Zeus e Semele. Quando soube, Hera, mulher de Zeus, concebeu um plano de vingança; convenceu Semele a pedir a Zeus uma demonstração do seu poder. Zeus, que tinha prometido cumprir qualquer desejo de Semele antes de conhecer o pedido, não pôde evitar matar a sua amada que não resistiu à manifestação de tamanho poder e ficou reduzida a cinzas. Mas antes que isso acontecesse, Zeus conseguiu salvar Diónisos, ainda no sexto mês da sua gestação. Abriu a coxa de onde veio a nascer de novo, o pequeno deus.

Apesar de tudo, Hera não se sentiu vingada, a simples existência de Diónisos lembrava-a a traição e continuou a persegui-lo durante toda a vida... Zeus levou Diónisos para Africa para ser criado pelas ninfas, mas desta vez, para evitar que Hera o reconhecesse, transformou-no num cabrito. Foi confiado a Inis, tornou-se adulto, descobriu o vinho e Hera enlouqueceu-o.

A sua loucura levou-o a vaguear pela Ásia e África até que chegou à Frígia onde conheceu Cibele que se apaixonou por ele. Purificou-o e iniciou-o nos ritos do seu culto, e assim, conseguiu libertá-lo da loucura.

Depois deste encontro Diónisos voltou a viajar e acabou por ir à Índia onde iniciou o culto dionisíaco. Passou a representar também do excesso orgiástico. Era servido por mulheres, as ménades, de quem se dizia serem capazes de despedaçar um animal apenas com a força dos seus braços, quando sob a influência do deus.

Sem comentários:

Enviar um comentário